terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Mocidade - Sexualidade

Jovens espíritas lidam melhor com assuntos sobre sexualidade

Os jovens estão cada vez mais “antenados” e em busca de informações sobre assuntos que antes faziam parte somente da vida adulta. Os avanços tecnológicos que possibilitam cada vez mais o aumento de acesso à internet e as redes sociais, facilitam essa busca.
O assunto “sexualidade” não se limita à Internet, sempre esteve presente nas rodas de amigos, sejam elas na escola, shopping, festas, devido à fase de descobertas físicas, emocionais e afetivas, típicas do período de transição entre a infância e a vida adulta.
Nathan Gonzáles é um jovem espírita, integrante de um grupo de Mocidade Espírita e do Programa Juventude Maior, da Rede Boa Nova de Rádio. Numa entrevista à RBN, ele falou sobre o assunto com responsabilidade.
Hoje, aos 19 anos, Nathan que estuda a Doutrina Espírita desde os 13, no Centro Espírita Discípulos do Evangelho, em Guarulhos, continua a participar do Movimento Jovem Espírita, atualmente no Centro Espírita de Estudo e Meditação, também em Guarulhos.
Desde os primeiros contatos com a doutrina, Nathan se diz sempre muito curioso, o que o leva a intensa pesquisa sobre assuntos variados, fazendo análise sob a perspectiva da Doutrina. Segundo Nathan, o jovem espírita também aproveita a vida, porém com mais tranqüilidade.
 
RBN: Apesar de muitos movimentos jovens, nos mais diversos segmentos religiosos, ainda é mais comum encontrarmos jovens mais voltados à “curtir a vida nas baladas” do que envolvidos com o lado espiritual. O que o motivou a buscar o espiritismo tão cedo?
Nathan: Todos buscam prazer, alguns apenas o prazer momentâneo que se resumem nas sensações corpóreas. Participar de um grupo de jovens espírita me traz um prazer prolongado, ou seja, me trouxe amigos fantásticos, sem os quais eu não seria o que sou hoje, momentos e lembranças que jamais serão esquecidos, novos sonhos e muito mais coisas que não são voláteis como os prazeres apenas do corpo. O estudo da doutrina reflete no modo em que eu enxergo o mundo. Melhorou meu relacionamento com minha família, na escola e até no trabalho. Influencia em tudo mesmo.

Como o jovem, na mocidade espírita, tem tratado a questão da sexualidade?
Apesar de toda a informação que temos hoje, a sexualidade ainda é um assunto muito delicado. Na mocidade, temos a oportunidade de conversar a respeito, sob a luz do conhecimento espírita. Acho que na mocidade isso é tratado com mais tranquilidade, com outros jovens que também passam as mesmas situações. A troca de conhecimentos vividos e o Espiritismo para sanar outras dúvidas fazem da Mocidade um ótimo local para este tipo de discussão, pois existem muitas dúvidas a serem trabalhadas. E este é um assunto que sempre gera discussões interessantes.
A Mocidade é um lugar mais tranquilo e irreverente para tratar de assuntos mais sérios, porém, jamais deixando a seriedade de lado. Os jovens precisam de direcionamento, e o Espiritismo é uma ferramenta maravilhosa para trabalhar este direcionamento.

De que maneira o assunto homossexualidade é abordado na mocidade espírita?
Nesta mocidade da qual faço parte, por exemplo, um dos integrantes é homossexual. É uma pessoa fantástica e todos na mocidade gostam dele.Ele se sente a vontade em tratar sobre o assunto com o grupo, de forma natural. O espiritismo mostra que devemos superar os preconceitos e nossas tendências egoístas e vaidosas. Sempre tratamos a questão com imparcialidade e acima disso, tentamos trabalhar o nosso próprio preconceito com relação à homossexualidade.
Na obra O Livro dos Espíritos, ditado pelo Espírito da Verdade ao codificador da Doutrina Espírita Allan Kardec, encontra-se uma passagem que aborda a questão do aprendizado para elevação moral durante a infância e adolescência:

385 De onde vem a mudança que se opera no caráter em uma determinada idade e particularmente ao sair da adolescência? É o Espírito que se modifica?
“[...] Os Espíritos apenas entram na vida corporal para se aperfeiçoar e melhorar; a fraqueza da idade infantil os torna flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devem fazê-los progredir. É então que podem reformar seu caráter e reprimir suas más tendências; este é o dever que Deus confiou a seus pais, missão sagrada pela qual terão de responder [...] Quando os filhos não têm mais necessidade dessa proteção, dessa assistência que lhes foi dada durante quinze ou vinte anos, seu caráter real e individual reaparece em toda sua nudez: conservam-se bons, se eram fundamentalmente bons; mas sempre sobressaem as características que estavam ocultas na primeira infância. Vedes que os caminhos de Deus são sempre os melhores e, quando se tem o coração puro, a explicação é fácil de ser concebida...” (O Livro dos Espíritos - Parte Segunda – Capítulo 7 – “Infância” – questão 385)
http://www.radioboanova.com.br

Nenhum comentário: