Aos Evangelizadores


Como produzir boas dinâmicas? 

Ou jogos? Ou Atividades?


Tenho recebido um número muito grande de emails em que os evangelizadores colocam o tema da aula (por exemplo, Reencarnação) e pedem sugestões de dinâmicas ou atividades. Na medida do possível, nós tentamos ajudar, mas temos percebido que o evangelizador não está exatamente com problemas de criatividade para elaborar dinâmicas e jogos. O problema é um pouco mais grave: o que acontece é que não se está compreendendo muito bem o objetivo dos jogos e dinâmicas e o que deve envolver o processo de criação de uma atividade ou dinâmica, sendo assim as idéias não estão fluindo.
Acredito que ainda estamos com dificuldades de compreender, veridicamente, o que é e qual o objetivo da evangelização da criança. Então vamos por parte, pedindo ajuda aos universitários (rsrsrs). Brincadeira. Pedindo ajuda às obras de espíritos esclarecidos que sempre estão dispostos a nos ajudar:
"A Educação, se bem entendida, é a chave do progresso moral" - L.E., q. 917
"Dentro de nosso esforço — prosseguiu Irene, com lhaneza —, o imperativo primordial consiste na iluminação do espírito humano com vistas à eternidade. Urge, no entanto, compreender que, para a obtenção do desiderato, é imprescindível “fazer alguma coisa”. - Livro: Obreiros da Vida Eterna, André Luiz. (Grifo nosso)
"Cada menino e moço no mundo é um plano da Sabedoria Divina para serviço à Humanidade, e todo menino e moço transviado é um plano da Sabedoria Divina que a Humanidade corrompeu ou deslustrou."  - Livro: Religião dos Espíritos – Emmanuel (Grifo nosso)
"É notável verificar que as crianças educadas nos princípios espíritas adquirem uma capacidade precoce de raciocínio, que as torna infinitamente mais fáceis de serem conduzidas." - Allan Kardec (VIAGEM ESPÍRITA EM 1862)
“Encarnado, com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo.” L.E. q. 383
"O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos. Até aos sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência que lhe compete no mundo. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas,tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e a estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar." - Livro: O Consolador, questão 109 - Emmanuel (Grifo nosso)
"237 –Existe diferença entre doutrinar e evangelizar?
-Há grande diversidade entre ambas as tarefas. Para doutrinar, basta o conhecimento intelectual dos postulados do Espiritismo; para evangelizar é necessária a luz do amor no íntimo. Na primeira, bastarão a leitura e o conhecimento, na segunda, é preciso vibrar e sentir com o Cristo. Por estes motivos, o doutrinador, muitas vezes não e senão o canal dos ensinamentos,mas os sinceros evangelizados serão sempre o reservatório da verdade, habilitado a servir às necessidades de outrem, sem privar-se da fortuna espiritual de si mesmo." - Livro: O Consolador - Emmanuel (Grifo nosso)

Então? Podemos concluir com segurança que Evangelizar não é somente "dar aula de evangelização". Dar "aula de evangelização" é somente uma pequena parcela do Todo "Evangelização". Por isso mesmo, não estamos em uma sala de evangelização para "ensinar" Doutrina Espírita, mas semear em cada criança os recursos necessários para que ele "vença" sua etapa reenarnatória, se torne feliz, plena, "homem de bem". "Ensinar" Doutrina Espírita é apenas uma parte do todo.
A Evangelização, apesar de pretender atender ao grupo, é sempre individual, pensada para cada criança, adaptada para cada necessidade. Não é opinião minha não, quer ver:
"À medida que nos integramos nas próprias responsabilidades, compreendemos que a sugestão direta nas dificuldades e realizações do caminho deve ser procurada com o Supremo Orientador da Terra. Cada Espírito, herdeiro e filho do Pai Altíssimo, é um mundo por si, com as suas leis e características próprias. Apenas o Mestre tem bastante poder para traçar diretrizes individuais aos discípulos." - Asclépios - Livro: Obreiros da Vida Eterna - André Luiz (Grifo nosso)

Sabendo disso, antes de elaborar atividades, dinâmicas e outros recursos, devo estudar o conteúdo traçando objetivos com base no conhecimento que tenho de cada uma das crianças da sala. Suas necessidades, suas dificuldades, suas habilidades, facilidades, etc. Como é minha criança? Filha de trabalhador da casa? Social Carente? Vem com a família? Os pais frequentam a casa? Como é a família desta criança? Quais são suas necessidades? Devo ministrar a doutrina sob qual enfoque para aquela criança? Consolador? Formação de Trabalhadores? As duas coisas? Em conhecendo a criança, o que avalio como ponto primordial daquele tema que vai ser necessário àquela criança?
Seria tão bom se fizéssemos anamnese de nossas crianças. Saber como foram gestadas, suas características pessoais, as dificuldades que já se fazem perceber, as habilidades que tem e podem ser canalizadas, onde se encontra o seu maior interesse, a visão dos pais da criança, a convivência com outras crianças ou na escola, seu rendimento escolar, etc.
Mas como é um trabalho que demanda tempo e paciência e, normalmente somos extremamente imediatistas... Queremos resolver todos os problemas com uma aula de evangelização, quando na verdade, como o trecho da mensagem de Asclépios ali em cima nos diz que somente o conhecimento, a aproximação por assim dizer, do Cristo é que nos faculta essa libertação das dificuldades e dúvidas.
Com base nisso tudo, como elaborar uma dinâmica? Conhecendo nossas crianças. Ora, das coisas simples até as mais complexas esse conhecimento é essencial. Já pensou eu copiar uma dinâmica onde o prêmio é chocolate e tenho uma criança diabética ou com alergia a cacau e eu não sei disso? Ou uma atividade do dia das mães e não sei que uma de minhas crianças acabou de ficar orfã? Já pensou que desastre se eu não estiver preparada?
Os exemplos de atividades, dinâmicas, jogos que colocamos aqui no blog sãoPARA SERVIR DE INSPIRAÇÃO, AGUÇAR A CRIATIVIDADE, DAR UM PONTO DE PARTIDA para que possamos adaptar ao nosso trabalho, conforme a necessidade de cada criança. Acho que já falamos sobre isso.
Não estamos com isso tudo dizendo que o evangelizador  não deve pedir sugestões aos outros colegas. Não é isso não. Deve sim, pois devemos aprender a trabalhar em equipe e contar uns com os outros, para que a troca de experiência nos ajude a aprimorar o trabalho.
Apenas devemos, todos nós, ter consciência de que temos o dever de pensar em cada criança, adaptar se for o caso, adequar, se preciso. O problema não é ter uma aula pronta para levar. Mas que esta "aula" atinja os objetivos que pretendo.
 
Não nos preocupemos apenas em "PREENCHER O TEMPO DO EVANGELIZAÇÃO" mas em "ATINGIR NOSSOS OBJETIVOS, DE MANEIRA EFICIENTE E SEQUENCIAL".


5 dicas para uma aula melhor

1 - Incite, não informeUma boa aula não termina em silêncio, ou com os alunos olhando para o relógio. Ela termina com ação concreta. Antes de preparar cada aula, pergunte-se o que você quer que seus alunos aprendam e façam e como você os convence disso? 
 Olhe em volta, descubra o que pessoas nas mais diferentes profissões fazem para conseguir a atenção dos outros. Por exemplo, ao fazer um resumo de uma matéria, não coloque um “título”; imagine-se um repórter e coloque uma manchete. Como aquela matéria seria colocada em um jornal ou revista? Use o espírito das manchetes, não seja literal, nem tente ser um professor do tipo: 

Folha: Números Primos encontrados no congresso. 68% dos outros algarismos são contra IstoÉ: Denúncia: A conta secreta de Maurício de Nassau. Fernando Henrique poderia estar envolvido, se já fosse nascido. 
Zero Hora: O Mar Morto não fica no Rio Grande do Sul. Apesar disso, você precisa conhecê-lo. Caras: Ferro diz que relacionamento com oxigênio está corroído: “Gás Nobre coisa nenhuma”

2 - Conheça o ambienteVocê nunca vai conseguir a atenção de uma sala sem a conhecer. Onde moram os alunos e como eles vivem - quem vem de um bairro humilde de periferia não tem nada a ver com um morador de condomínio fechado, apesar de, geograficamente, serem vizinhos. Quais informações eles tiveram em classes anteriores, quais seus interesses. Mesmo nas primeiras séries cada pessoa têm suas preferências e o grupo assume determinada personalidade.

 3 - No final das contas (e no começo também) As partes mais importantes de uma aula são os primeiros 30 e os últimos 15 segundos. Todo o resto, infelizmente, pode ser esquecido se você cometer um erro nesses momentos.
 Os primeiros 30 segundos (principalmente das primeiras aulas do ano ou semestre) são um festival de conceituação e de cálculo dos discentes. Mesmo inconcientemente, eles respondem às seguintes questões: 
  • - Quem é esse professor? Qual seu estilo? 
  • - O que posso esperar dessa aula hoje e durante todo o ano? 
  • - Quanto da minha atenção eu vou dedicar? 
 E isso, muitas vezes, sem que você tenha aberto a boca. 

4 - Simplifique
Você certamente já presenciou esse fenômeno em algumas palestras: elas acabam meia hora nates do final. Ou seja, o apresentador fala o que tinha que falar, e passa o resto do tempo enrolando. Ou então, pior, gasta metade da apresentação com piadas, truques de mágica, histórias pessoais que levam às lágrimas, “compre meu livro” e aparentados, e o assunto, em si, é só apresentado no final - se isso. 

Por isso, ukma das regras de ouro de uma boa aula é - simplifique, tanto na linguagem como na escrita. Caso real: reunião de condomínio na praia, uma senhora reclamava que sua TV não funcionava direito. Explicaram-lhe que era necessário sintonizar em UHF. Ela então perguntou para quê a diferença entre UHF e VHF. Um vizinho prestativo passou a discorrer sobre difereças na recepção, como uma transmissão poderia interferir na outra, nas características geográficas... Ela continuava com aquela cara de quem não entendia nada. Até que um garoto resumiu a questão em cinco letras: 

“AM e FM.” 

“Ahhh, entendi.” 

Escrever e falar da maneira mais simples possível não significa suavisar a matéria ou deixar de mencionar conceitos potencialmente “espinhosos”. Use e abuse de exemplos e analogias. Divida a informação em blocos curtos, para que seja melhor assimilada. 

 5 - Ponha emoçãoCerto, você tem PhD naquela área, pesquisou o assunto por meses a fio, foi convidado para dar aulas em faculdades européias. Mesmo assim, seus alunos podem não presetar atenção em você. Segundo estudos, o impacto de uma aula é feito de: 

  • - 55% estímulos visuais - como você se parece, anda e gesticula; 
  • - 38% estímulos vocais - como você fala, sua entonação e timbre;
  • - e apenas 7% de conteúdo verbal - o assunto sobre o qual você fala. 
 Apoiar-se somente na matéria é uma forma garantida de falar para a parede, já que grande parte dos alunos estará prestando atenção em outra coisa. Treine seus gestos, conte histórias, movimente-se com naturalidade. Passe sua mensagem de forma intererssante. 

Para o bem e para o mal, você dá aula para a geração videoclipe. Pessoas que foram criadas em frente aos mais criativos comerciais, onde videogames mostram realidades fantásticas. Entretanto, a tecnologia deve ser encarada como aliada, e não inimiga - apresentações multimídia, aparelhos de som, videocassetes - tudo isso pode ser usado como apoio à sua aula.

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Júlio Clebsch

Classes participativas não nascem prontas, mas são desenvolvidas. Eis algumas técnicas para você usar em sua classe:

1 – QUEM PERGUNTA QUER SABER
Fazer uma pergunta e esperar a resposta é uma das maneiras mais simples de se conseguir uma interação maior de seus alunos. Porém, no início pode ser difícil conseguir que alguém participe. Algumas vezes, será necessário sortear um aluno para responder. Após conseguir a primeira participação, esforce-se para manter o interesse de sua turma:
- Repita e certifique-se. Fale algo como: "então, o que você está dizendo é que..." a seguir, peça para o aluno desenvolver mais a idéia, se necessário, ou se alguém concorda ou discorda da afirmação.
- Dê a eles o controle. Se várias pessoas levantarem a mão concordando ou discordando da afirmação de um aluno, peça a ele para escolher quem fala a seguir, e assim sucessivamente. Isso diminui o receio a participação, uma vez que eles estarão falando diretamente com um colega, e não com o professor.
- Elogie quando necessário. Agradeça ao aluno que trouxer alguma nova informação ou participação interessante à sala de aula.
- Participe ativamente. Se a discussão não estiver rendendo, dê ao grupo novas informações, use o humor, dê e peça exemplos práticos daquilo que está sendo estudado.

2 – INFORMAÇÃO
Antes de começar uma discussão sobre algum assunto, explique o que vai ser feito e por quê. Ninguém gosta de ficar em suspense, sem saber o que irá acontecer. Explique a seus alunos que a discussão irá permitir que todos entendam melhor a matéria, diminuindo o tempo necessário para estudos em casa, por exemplo. Informe também o tempo disponível para aquela atividade.

3 – DESAFIE
Poucas coisas garantem mais participação em sua aula do que algo dito em tom de desafio. Inspire-se nos programas de perguntas e respostas da televisão, faça com que a turma encare dar uma resposta como uma questão de honra. Tive um professor que começou o ano letivo afirmando que, durante as aulas dele, estaríamos concorrendo a "milhões em pontos". E, realmente, de vez em quando ele fazia uma pergunta valendo meio ponto a mais na prova. Foram poucas vezes, mas garantiu a participação de todos e, de quebra, reduziu o número de faltas.

4 – DENÚNCIAS ANÔNIMAS
Circule folhas de papel onde os alunos possam responder suas questões sem serem identificados. Esta tática é útil quando o assunto envolve questões éticas ou você quer respostas sintéticas. Também faz com que todos se manifestem, o que pode estimular a participação, uma vez que todos percebem que você realmente quer a opinião deles.

5 – LIBERE A "COLA"
Faça uma pergunta e peça para os alunos responderem, com a ajuda do colega que senta na frente ou atrás. Dê pouco tempo para essa atividade, do contrário poderão surgir assuntos paralelos à aula. Cinco minutos são suficientes.

6 – USE A IMAGINAÇÃO
"Se eu fosse prefeito, eu faria...", "Se eu fosse um bandeirante, eu...", e outras frases desse tipo são excelentes para garantir a participação dos alunos. Para evitar repetições, peça que cada estudante responda algo que ainda não tenha sido dito por um colega.

7 – CASO A CASO
Comece a aula contando um caso que possa ser resolvido com a matéria que você vai explicar, e pergunte como seus alunos resolveriam o problema. Após alguns minutos tentando, dê sua aula, e termine-a perguntando, agora, como eles resolveriam aquela questão. Este método tem um bônus de aumentar a taxa de retenção de aprendizagem, uma vez que seus alunos aplicam imediatamente o que aprenderam.

8 – USANDO O IBOPE
Outra maneira de garantir a participação de seus alunos em sala de aula é através de pesquisas rápidas. Caso você tenha que fazer uma questão que envolva escolha entre duas alternativas, utilize o velho método de "quem acha que é a resposta ‘1’ levante a mão." A grande vantagem desse método é que você pode fazer uma pergunta em seguida: "Por quê?" e começar uma discussão maior.
Uma variação desse método pode ser conseguida através de perguntas do tipo "certo" e "errado". Faça uma afirmação e pergunte se seus alunos acham que ela é verdadeira ou falsa. Informe antes seus alunos sobre as regras do jogo, e avise quando ele acabar, pois os estudantes levam muito a sério tudo o que o professor diz.

9 – PERGUNTAS E RESPOSTAS
Dê a cada estudantes dois cartões, cada um com o início de uma
afirmação:

  • Cartão 1 – "Eu ainda tenho dúvidas a respeito de __________________"
  • Cartão 2 – "Posso responder perguntas sobre _____________________"


Certifique-se que todas as perguntas e respostas são pertinentes à sua matéria, e faça os alunos procurarem as respostas às suas dúvidas entre si. Depois, reúna as dúvidas remanescentes e esclareça-as.

10 – MESA REDONDA
Certamente você já viu um desses programas de discussões na televisão. Copie a fórmula na sua aula, convidando um pequeno grupo de alunos à frente para discutir um tópico. Você pode tornar essa discussão mais rica, se der a esses expositores algum tempo para preparar suas opiniões (contra ou a favor) a respeito do tópico, digamos de um dia para outro. Os outros alunos fazem perguntas. Ao utilizar essa técnica uma segunda vez, não repita nenhum dos "convidados", garantindo a participação de todos.


Matérias da Revista PROFISSÃO MESTRE =
♥♥♥♥♥♥♥♥
 Links para acessar e crescer: 


http://lubeheraborde.blogspot.com


A Importância das Dinâmicas


As dinâmicas são um meio comunicação utilizadas para que os membros e os convidados das células ampliem seu conhecimento pessoal, facilitem o relacionamento, expressem sentimentos, confrontem idéias, estimulem pensamentos analógicos e associativos, gere uma fé no coração, desperte sentimentos e confiança mútua, além da compreensão clara do objetivo da mensagem a ser transmitida. No entanto, é preciso estar alertas no sentido de que as dinâmicas são uma grande ajuda, mas não bastam para gerar o êxito nas células, no discipulado dos doze, na vida normal da igreja. O uso de dinâmica no processo da Escada do Sucesso (Ganhar, Consolidar, Discipular e Enviar) vem como uma forma alternativa a mais para cooperar no êxito de conquistar almas para o Senhor Jesus. Também para facilitar e possibilitar o vivenciar de situações inovadoras em todos os níveis.
Como vivemos num mundo agitado de rápidas mudanças de paradigmas e valores, marcado pela comunicação massificadora e sem observar e respeitar o individualismo de cada pessoal torna-se fundamental que os espaços e oportunidades que temos para levar o Evangelho das boas novas de Jesus Cristo ultrapassem as formas velhas e lentas que por séculos têm impedido a igreja de romper.

As dinâmicas não são para ser aplicadas apenas para criar um modelo novo ou diferente de liturgia nas células, muito menos para ser um entretenimento para as pessoas que virão. Também não se pode pensar que as dinâmicas são uma forma de levar o Evangelho de uma forma mais branda (baratear, abaixar o preço) às pessoas que ainda não conhecem a Jesus. Pelo contrário, as dinâmicas são, sim, uma estratégia de comunicação eficiente, marcante e que proporciona uma resposta imediata. Porém essa estratégia também é de confronto, de impacto e marcante na vida das pessoas que são expostas a elas.



As dinâmicas operam com significados e sentidos marcantes, no visual, auditivo e emocional. São atos reais que retratam situações de profundidade para nossa vida. A imaginação e a criatividade são despertadas de forma contundente para mostrar o significado de verdades vitais para a nossa vida. Isso acontece com a lei do menor esforço, pois por uma forma diferente desperta um maior interesse pelo sentido da mensagem e uma menor resistência inconsciente ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo. Isso leva a pessoa a aceitar e fazer porque gosta, a fazer porque sente prazer e a uma renúncia às resistências pré-concebidas contra Palavra de Deus.
 
O resultado essencial é que o que poderia parecer ser uma “regra” ou “obrigação” passa a ser encarado como prazer e satisfação. Uma idéia que se transforma em desejo, um conceito que se transforma em paixão. Satisfazer a regras passa a ser uma fonte de prazer no reino da espontaneidade e liberdade, deixando para trás aquilo que muitas vezes levam as pessoas a aceitarem a Cristo por press
ão, medo, indução, falta de convicção. Assim as pessoas passam a viver o Evangelho sem encarar como se fosse um fardo. As dinâmicas criam um desejo, desperta a vontade e interesse pelo assunto, fazendo, assim, com que o individuo compreenda o sentido da mensagem e aceite a proposta de uma nova vida pelo fato de ter sido transmitido a ele em forma de linguagem mais compreensiva à sua realidade ou de alguém que ainda não conhecia a Deus e Sua Palavra.







A Urgente Necessidade da Escola de Evangelização Espírita Infantil


IMPLANTAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO TRABALHO DE EVANGELIZAÇÃO INFANTIL

    "A Escola de Evangelização Espírita Infantil deve constituir uma das principais atividades do programa de um Centro Espírita, que é de suma importância e deve ser desenvolvido paralelamente aos demais trabalhos que normalmente são oferecidos nas casas espíritas, como, por exemplo: Curso de Noções Básicas, Curso de Médiuns, Assistência Espiritual, Mocidade Espírita, etc.
   Consideramos que se um Centro espírita não se interessar em implantar e desenvolver a Escola de Evangelização, está deixando de cumprir com um dos seus maiores objetivos:

PREPARAR O HOMEM DE AMANHÃ, ESPÍRITOS EVANGELIZADOS PARA UM MUNDO MELHOR !

     Sabemos que cada Casa tem a sua própria realidade e a sua organização diretiva gira em torno de um grupo de pessoas que se esforça para atender as inúmeras atividades colocadas em benefício dos seus frequentadores.
     Nada, porém, justifica ou explica, a ausência, na Casa, do trabalho de Evangelização, uma vez que as crianças e os jovens são tão necessitados quanto os outros frequentadores.
      Para que o trabalho possa desenvolver-se de maneira satisfatória, devem ser reunidas algumas condições mínimas e fundamentais para a sua implantação, organização e funcionamento." (Continua...)


(Bibliografia : Curso de Preparação para Evangelizador Infanto-Juvenil, Editora Aliança, p.27) 



"A figura do evangelizador é de importância fundamental. Ele é o pólo de energia emuladora que criará o ambiente ideal para o trabalho. Suas palavras, seus gestos, seus pensamentos e sentimentos são importantes no processo educativo[...]
   [...] Ele deve ser o amigo, o orientador, o modelo, o exemplo vivo de tudo o que a criança está aprendendo ou construindo em si mesma.
   [...] O educador necessita conhecer a Doutrina e exemplificar seus princípios, construindo em si mesmo as bases pedagógicas e doutrinárias para trabalhar com a educação do Espírito."
Livro: Prática Pedagógica na Evangelização - Cap. 10 - p.50
Walter Oliveira Alves 


AULAS DINÂMICAS



Aulas dinâmicas melhoram 
aprendizagem. 
Quando o assunto é nível de 
aprendizagem, palestras e aulas 
expositivas estão na lanterninha dos 
métodos educacionais. 
Notícia publicada pela Revista NOVA 
ESCOLA, Edição de Novembro/2000, 
revela o resultado de um interessante 
estudo realizado pelo NTL Institute for 
Applied Behavioral Science, especializado em comportamento humano. 
Pessoas aprendem melhor através de exercícios práticos, atividades lúdicas e 
dinâmicas de grupo. 
O uso de métodos audiovisuais chega a ser quatro vezes mais eficiente do que as 
palestras. Discussões em grupo são dez vezes mais eficientes. 
Os índices referem-se à quantidade de informações retidas em relação ao conteúdo 
abordado. 
"Aprendemos mais quando somos levados a refletir e a estabelecer relações", diz o 
professor Sérgio Leite, do Departamento de Psicologia Educacional da Unicamp. 
Autora: Rita Foelker - ritafoelker@edicoesgil.com.br
http://www.edicoesgil.com.br/educador/dinamicas.html 






Preparação do ambiente para o trabalho 
Rita Foelker 
Antes de se iniciar qualquer aula, é importante preparar o ambiente físico e 
espiritual. 

a) Ambiente Físico 
É representado por tudo aquilo que a criança têm ao alcance de seus sentidos 
materiais, para seu crescimento e desenvolvimento, desde os objetos que manuseia 
até as características visuais e os ruídos. 
Para um bom desenvolvimento de nossas atividades, é importante que o meio 
favoreça a liberdade de movimento e de expressão dos alunos, que eles se sintam à 
vontade para o trabalho, o estudo, a pesquisa, o jogo, a brincadeira e a descoberta. 
Na preparação do ambiente físico, observaremos as condições de: limpeza, 
iluminação, mobiliário, ventilação, decoração e material. 
Todos os elementos do ambiente devem proporcionar uma sensação de harmonia e 
ordem, que conduzirão a criança à organização interna, à disciplina e à tranqüilidade. 
Poderá haver um canto destinado a tapetes (esteiras, almofadas, etc.) em 
quantidade condizente com o número de alunos, que as crianças serão orientadas a 
utilizar com cuidado e guardar em ordem. Alguns livros poderão estar disponíveis e 
até jogos, caso o Centro não conte com uma Biblioteca Infantil. 

b) Ambiente Espiritual
A Educação da Criança e do Jovem não é uma tarefa restrita a uns poucos 
trabalhadores dos Centros Espíritas. Numerosos Espíritos estão empenhados neste 
trabalho, de repercussão profunda na sociedade e no progresso do planeta como um 
todo. Estes Espíritos se aproximam daqueles que encaram o compromisso com 
dedicação, seriedade e amor, e os assistem no desempenho de suas atividades. Para 
iniciarmos e cultivarmos a afinidade com estes Companheiros, é importante manter 
sempre pensamentos condizentes com nossos propósitos, estando receptivos a suas 
inspirações e intuições. 
Mas antes das aulas, é possível estreitar mais os laços de sintonia, reservando 
alguns minutos à reunião entre os educadores. Num clima de calma e recolhimento, 
pode-se, então proceder a alguma leitura breve (O MESTRE NA EDUCAÇÃO e outras 
obras de Pedro de Camargo, por exemplo) seguida de uma prece espontânea. 
Não mais que dez minutos são suficientes para que nos situemos longe das 
preocupações cotidianas e dentro dos objetivos superiores a que nos propusemos.




Corrida da Centopéia (Jogo da Leitura) 
(A partir dos 7 anos.) 
  
OBJETIVO GERAL: Incentivar o desejo de ler e o 
interesse pela leitura. 
OBJETIVO ESPECÍFICO: Conseguir montar a centopéia mais longa
MATERIAL: Uma ou duas cartolinas grandes (dependendo do número 
de crianças), cartolina ou colorset recortados em rodelas de cerca de 
5 cm de diâmetro, cola, canetinhas. 
  
COMO APLICAR
- Entregar para cada criança um círculo de colorset ou cartolina, 
pedindo que desenhe a carinha da centopéia. Colar as carinhas à 
esquerda de uma cartolina, com o nome da criança a quem pertence. 
Determinar um prazo (trimestre ou semestre) e explicar que cada um 
irá formando a sua centopéia, acrescentando um pedaço do corpo 
para cada livro lido. Só valerão os livros lidos e compreendidos, e 
seus títulos e autores serão escritos neste círculo. Se perceber que 
uma criança não está lendo de fato, explique que ela não vai 
participar mais do jogo. Estimule a classe a falar dos livros que estão 
lendo. 
- Vence quem tiver a centopéia mais comprida. 
-
Obs.: Você pode sugerir que dêem nome às suas centopéias, 
desenhem suas perninhas, enfeitem com linha ou lantejoulas, etc.




Autora: Rita Foelker - ritafoelker@edicoesgil.com.br
http://www.edicoesgil.com.br/educador/dinamicas.html



A importância da música na evangelização infantil

Qual o papel do evangelizador perante a música que ele leva para a sala de evangelização?
“A figura do evangelizador é de importância fundamental. Ele é o pólo de energia emuladora que criará o ambiente ideal para o trabalho. Suas palavras, seus gestos, seus pensamentos e sentimentos são importantes no processo educativo.
[...] Todo trabalhador consciente de sua responsabilidade compreende que é  preciso melhorar sempre o nível de seu trabalho.
[...] Devemos propiciar atividades adequadas para a criança interagir com o meio físico e espiritual, de forma a “crescer”, ampliar sua bagagem intelectual e afetiva, ampliando sua capacidade de percepção, para que ela possa interagir em nível superior num crescendo constante. Atividades reais e vivas, ricas em sensibilização, propiciando maior predisposição para aprender.
“Todo trabalhador espírita é um servidor do Cristo, em avançados trabalhos de reestruturação e transformação de todo o Planeta, através da tarefa educativa, que transforma, regenera, equilibra e desenvolve os poderes latentes do Espírito Imortal.”
Valter Oliveira Alves (Prática Pedagógica da Evangelização, p. 38, 50, 51, 54 )


Qual a importância da música na sala de evangelização?
“ A música é vibração e pode excitar, ou estimular o Espírito, provocando sensações de nível superior, permitindo vibrarmos em sintonia com esse algo superior, despertando a essência Divina que dorme em cada um de nós. Ao vibrar, sintonizamos com vibrações sutis que pululam no Universo. Podemos sentir vibrações que, por outros meios não sentiríamos, emoções brotam na alma, levando o Espírito a querer evoluir. A música representa, pois, elevada interação vertical com as esferas superiores da vida universal.
Valter Oliveira Alves (Prática Pedagógica da Evangelização , p.42 )
“  O ritmo está presente  na criança a partir de seu próprio organismo: o compasso das batidas do coração, o ritmo compassado do andar, o balançar dos braços, a seqüência interminável do dia e da noite, os horários das refeições, do descanso, tudo à sua volta fala que o universo está envolvido em ritmo harmonioso.
A arte melódica-harmônica-rítmica da música atinge as profundezas da alma, transportando o ser espiritual para as esferas superiores da vida, através da inspiração superior, atingindo as vibrações do mundo espiritual elevado e nobre.” Valter Oliveira Alves (Educação do Espírito, p. 299,300)