OS 10 MANDAMENTOS PARA PAIS E EVANGELIZADORES
Postado por Lu Beheraborde
1. 01- Não digas a uma criança: Não faça isso ou aquilo sem lhe dar outra coisa para fazer.
Razões: Educar é corrigir. Corrigir é substituir uma forma de reação inconveniente por outra adequada. Dizer apenas “não faça isso”, é dar uma ordem negativa. A criança tem prazer na ação. Para desviá-la da que não convém é preciso sugerir-lhe a ação conveniente a fim de não privá-la do prazer de agir.
2. 02- Não digas que uma coisa é má apenas porque ela o aborrece.
Razões: A qualificação de uma coisa em boa ou má é importante para a criança, na formação de sua capacidade de julgamento. Dessa forma, não deve ser feita com fundamento apenas na tendência afetiva momentânea de que a faz. Se a coisa é má, cumpre dar razão, de modo compreensível, para a criança, e esta razão dever estar na coisa em si e não no desagrado que nos cause.
3. 03- Não fales das crianças em sua presença, nem penses que elas não escutam, não observam, nem compreendem.
Razões: A criança que se sente objeto da atenção dos adultos, quer quando é elogiada, quer quando é censurada, desenvolve uma excessiva estima de si mesma, que a levará a buscar essa atenção de qualquer maneira, e a sofrer quando não a conseguir.
4. 04- Não interrompas o que uma criança esteja fazendo, sem avisá-la previamente.
Razões: A criança tem o prazer na ação. Interrompê-la subitamente é causar-lhe violenta emoção de natureza inibitória. Se é necessário interrompê-la, proceda de modo que se evite a emoção de surpresa.
5. 05- Não manifestes inquietação quando a criança cai ou quando quer comer, etc., faça o que for necessário, sem te agitares e nem te alarmares.
Razões: A inquietação alarmada em torno de qualquer episódio da vida de uma criança serve apenas para ampliar o tom emocional do acontecimento. Cumpre, ao contrário, considerar as coisas com maturidade, para que nela se desenvolva a capacidade de dominar as suas próprias emoções.
6. 06- Não demonstres amor à criança somente acariciando-a, faze-o ocupando-te de seus interesses.
Razões: O carinho físico é agradável, mas não corresponde ao total é único interesse de quem o recebe. O carinho espiritual revelado pela preocupação com os interesses reais da criança é também necessário e extremamente benéfico.
7. 07- Não leves uma criança a passeio. Vá passear com ela.
Razões: A criança, por suas deficiências naturais, é uma dependente. Quando mais cedo se anular em seu espírito tal sentimento de dependência, tanto mais rapidamente se completará o de que se basta a si mesma. “Levá-la a passeios” é colocá-la na dependência da iniciativa alheia. “Ir com ela a passear”, é associá-la à iniciativa e à ação, o que lhe proporcionará mais prazer.
8. 08- Não faças sermões à criança pequena.
Razões: As expressões de conteúdo moral são dificilmente assimiladas pela criança pequena porque são ainda abstratas para ela. Os “discursos” ou “sermões” valem somente como expressões incompreensíveis de um estado de espírito que ela não entende e com o qual, muitas vezes, se assusta.
9. 09- Não faltes às tuas promessas e nem prometas o que não podes cumprir.
Razões: No espírito de uma criança, prometer é começar a realizar. Se a promessa não se cumprir, haverá uma frustração, como se houvesse sido privada de alguma coisa, o que dará origem à descrença.
10. 10- Não mintas a uma criança.
Razões: A mentira poderá até ser uma necessidade social, mas para a criança é uma desilusão da autoridade familiar ou do evangelizador como fonte de referência de conhecimento e de verdade.
Extraído do livro: Anos de Infância – Dra. Susan Isaac
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