Brigas nunca mais
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Hélio e Alan, colegas de classe, estavam tendo muitos problemas na escola. Não se entendiam e viviam sempre discutindo. Acabavam brigando e ficando sem conversar por muitos dias. Depois, o mal-estar passava e eles faziam as pazes. Logo, porém, se desentendiam de novo e o problema continuava.
— Ai! Minha testa!...
Ao ver o amigo com a testa ensanguentada, Alan se arrependeu. Na verdade, ele não tinha pensado que poderia machucar o amigo. Ao sentir-se ferido, Hélio ficou com raiva e foi atrás dele, dando-lhe um empurrão.
— Ele foi embora, professora, mas está com a testa ferida – informou uma das alunas, contando o que tinha acontecido.
A professora, muito contrariada pelo comportamento dos dois alunos, decidiu:
— Depois vou ter uma conversa com eles. Agora, é preciso atender Alan.
Ela abaixou-se e examinou a perna de Alan, que continuava no chão, sem conseguir se levantar. Decidiu levá-lo ao hospital mais próximo para que fosse examinado por um médico.
Carinhosa, a mãe trouxe-lhe um lanche de que ele gostava muito, porém o menino não quis comer. No dia seguinte, ele continuava do mesmo jeito. Ao vê-lo tão calado e tristonho, a mãe perguntou:
— Por que está assim, meu filho? Isso não foi nada, logo sua perna vai ficar boa de novo!
Com lágrimas nos olhos, Alan disse:
— Mamãe, não estou conseguindo fazer prece.
A mãe chegou perto dele e abraçou-o:
— Quer me dizer o que está acontecendo?
E o garoto, em lágrimas, confessou:
— Mamãe, eu não consigo me perdoar. Fui eu que comecei a briga e, estava com tanta raiva do Hélio, que peguei meu estilingue e atirei uma pedra nele. Ao vê-lo com a testa ferida, escorrendo sangue, me arrependi do que tinha feito, mas não tinha mais como consertar!
— E foi aí que ele empurrou você, que caiu e quebrou a perna.
— Isso mesmo.
A mãe ficou pensativa por alguns segundos, depois considerou:
— Sabe, meu filho, você não consegue fazer prece porque não se perdoa pelo que fez ao seu colega. Jesus ensina que, antes de orar, é preciso fazer as pazes com aquele irmão que tem algo contra nós. Porque só assim nossa consciência ficará em paz e conseguiremos fazer uma oração verdadeira.
Alan balançou a cabeça, concordando.
No dia seguinte, Alan quis ir à escola e a mãe o levou. Entrando na sala, os colegas e a professora ficaram admirados por vê-lo ali, de muletas. Muito sério, Alan disse:
— Professora, posso dizer algumas palavras?
— Claro, Alan.
Ele pareceu pensar um pouco, enquanto passava os olhos pela turma toda, depois começou:
— Quero pedir perdão ao Hélio por ter atirado uma pedra nele e machucado sua testa. Entendo que a reação dele foi uma resposta à minha atitude. Hélio, ambos poderíamos ter nos causado muito mal, por isso peço-lhe perdão pela minha atitude. Quero que sejamos amigos. Nada justifica ficarmos brigando por coisas pequenas, quando podemos conversar e nos entender, pois uma agressão gera outra, outra e mais outra, e não terá fim, a não ser que coloquemos ponto final nas brigas, passando a sermos amigos de verdade.
Hélio, que ouvia emocionado as palavras de Alan, levantou-se e disse:
— Também tenho que lhe pedir perdão, Alan. Afinal, você está de muletas por minha causa! Mas eu sempre lhe quis bem, apesar das nossas desavenças. Que tudo isso fique no passado.
Ambos trocaram um abraço selando a amizade que prometia ser forte e duradoura, iniciando uma nova fase de paz e entendimento.
A classe inteira comemorou, aliviada, batendo palmas de alegria.
MEIMEI
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" A missão do Espiritismo é Evangelizar! Quando Ensina - Transmite! Quando Educa - Disciplina! Quando Evangeliza - Salva!" Amélia Rodrigues
sexta-feira, 22 de junho de 2012
História - Brigas
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