terça-feira, 27 de setembro de 2011


CRIANÇA PRECISA DE LIMITES QUE A PROTEJAM.


 DAR LIMITES É...
-Ensinar que os direitos são iguais para todos.
-Ensinar que existem OUTRAS pessoas no mundo. -Fazer a criança compreender 
que seus direitos acabam onde começam os direitos dos outros.
-Dizer "sim" sempre que possível e "não" sempre que necessário. -Só dizer "não" 
aos filhos quando houver uma razão concreta. -Mostrar que muitas coisas podem ser 
feitas e outras não podem ser feitas. -Fazer a criança ver o mundo com uma conotação 
social (con-viver) e não apenas psicológica (o meu desejo e o meu prazer são as única 
coisas que contam). -Ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que, 
no futuro, os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade
 (a criança que hoje aprendeu a esperar sua vez de ser servida à mesa amanhã não 
considerará um insulto pessoal esperar a vez na fila do cinema ou 
aguardar três ou quatro dias até que o chefe dê um parecer sobre sua 
promoção).
-Desenvolver a capacidade de adiar satisfação (se não conseguir emprego hoje,
 continuará a lutar sem desistir ou, caso não tenha desenvolvido esta
 habilidade, agirá de forma insensata ou desequilibrada, partindo, por 
exemplo, para a marginalidade, o alcoolismo ou a depressão).
-Evitar que seu filho cresça achando que todos no mundo têm de satisfazer seus
 mínimos desejos e, se tal não ocorrer (o que é mais provável), não
 conseguir lidar bem com a menor contrariedade, tornando-se, aí sim,
 frustrado, amargo ou, pior, desequilibrado emocionalmente.
-Saber discernir entre o que é uma necessidade dos filhos e o que é apenas desejo. 
-Compreender que direito à privacidade não significa falta de cuidado, descaso,
 falta de acompanhamento e supervisão às atividades e atitudes dos
 filhos, dentro e fora de casa.
-Ensinar que a cada direito corresponde um dever e, principalmente: Dar exemplo! Quem
 quer ter filhos que respeitem a lei e os homens tem de viver seu dia-a-dia 
dentro desses mesmos princípios, ainda que a sociedade tenha poucos indivíduos
 que agem dessa forma.


DAR LIMITES NÃO É...
-Bater nos filhos para que eles se comportem. -Quando se fala 
em limites, muitas pessoas pensam que significa aprovação
 para dar palmadinhas, bater ou até espancar.
-Fazer só o que vocês, pai ou mãe, querem ou estão com vontade fazer. 
-Ser autoritário, dar ordens sem explicar o porquê, agir de acordo apenas com
 seu próprio interesse, da forma que lhe aprouver, mesmo que a 
cada dia sua vontade seja inteiramente oposta à do outro dia, por
 exemplo.
-Deixar de explicar o porquê das coisas, apenas impondo a "lei do mais forte".
-Gritar com as crianças para ser atendido. -Deixar de atender às necessidades
 reais (fome, sede, segurança, afeto, interesse) dos filhos, porque você hoje
 está cansado.
-Invadir a privacidade a que todo ser humano tem direito.
-Provocar traumas emocionais, humilhações e desrespeito à criança. 
-Toda criança tem capacidade de compreender um "não" sem ficar com problemas, 
desde que, evidentemente, este "não" tenha razão de ser e não seja 
acompanhado de agressões físicas ou morais.
-O que provoca traumas e problemas emocionais é, em primeiro lugar, a falta de
 amor e carinho, seguida de injustiça, violência física.
-Bater nos filhos é uma forma comum de violência física, que, em geral, 
começa com a palmadinha leve no bumbum.


Texto extraído livro Limites Sem Trauma (Construindo Cidadãos), de Tânia Zagury.

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